terça-feira, 21 de abril de 2015

Os dois lados de uma Sister Studio

Não é só de alegrias e vitórias se conquista um titulo igual ao meu, ele veio acompanhado de choro, desespero, febre, perda de sangue e muita dor.
Do dia 11 ao dia 20 de abril a minha vida virou uma página, uma página triste que pouco quero me lembrar.
Dia 11 de abril de 2015 fui chamada para um exame no qual resultou numa biópsia horrível, dolorosa, algo que com certeza marcou minha vida.
Eu sabia que eu tinha uma semana com Carolenea Nericccio, e o quanto eu lutei por estar lá, cada internação eu me lembrava, e não foram poucas.
Mas dia 14 eu estaria lá. Como? eu cheguei lá. A que preço? Não importa, a gente realiza um sonho uma vez na vida, nem que for arrastada, mas se realiza.
E assim começou.
São Paulo, apartamento, enjôo, diarréia, febre, eu sabia que não estava começando bem, perda de sangue não é bom sinal. Respira.
Espaço 10X21, meu porto seguro, meu cantinho, (meu cantinho tem nome) Ovelhinha, Karina, Fairuza, Tata, Tati, Gabriela, estou bem, que mal elas podem me fazer? só alegria, sorrisos, brincadeiras, elas são a força que eu preciso. De Repente, a voz da Tia Carol, parecia um sonho, vinha ao longe, eu tinha muita tontura e muita fraqueza, tudo bem. Vamos lá. E meu dia terminou como começou... e eu não me lembro dele. Fui para o apartamento. E todos os dias foram iguais, sem comer, sentido-se um lixo, as vezes não conseguia respirar.
Mas eu me lembrava do meu cantinho da força, e estava lá, a ovelhinha, a Fairuza, a Karina, a Tata, a Tati, A Gabi, eu tô segura, de repente a Elis chora, e eu senti que o meu rosto ia cai de encontro ao chão, eu sentei, Tia Carol estava ali, e eu era tontura pura, não ouvia nada, vai passar, vai passar.
Passou? Sábado.. o que houve sábado, não sei. Domingo. Vi minha família, me sinto bem.
Meu cantinho, Fairuza, Karina, Gabi, Tata, Tati , ovelhinha, e agora dois rostinhos Raiza e Aline, ehehehehe, Tia Carol T,T. fui pra casa feliz, dias de caronas com Maria Badulaques e Karina me deram um UP, Tia Carol, aperta minha Ovelha, Freiras apertam minha Ovelha, eu fui de alma lavada (fraca) mas bem. Abri o portão do prédio e entrei. Primeiro dia realmente feliz, entrei no elevador até o nono andar....
ACABOU
Como assim, o elevador quebrou e as luzes da minha esperança também.
gritei,  chorei, por 25 minutos no escuro... minha pressão subiu, e percebi que todo meu tratamento cardiológico estava indo pro ralo... respira, me lembrei dos meus filhos, da Tia Beca, da Tia Carol, do meu cantinho... chorei como criança.... gritei... não pode tudo terminar assim, eu não tinha ar no elevador, uma voz no interfone dizia que ia me tirar de lá, que sabia o que eu estava passando e eu fui me despedindo do Sister Stúdio, como se despede da vida.
De repente escutei vozes, passos, alguém andava em cima do elevador, uma luz ascendeu, e alguém lá de cima disse "moça, moça, sai agora" a porta se abriu e eu voei e desabei a chorar para todo o sempre.
Dia 20, como eu cheguei aqui mesmo? meu cantinho, minha Ovelha, Fairuza, Raiza, Karina, Tata, Tati, Gabi, Aline, estou segura de novo e feliz, nunca foi tão bom vê-las comemorando o Sister Stúdio, e queria sómente ver meus filhos, meus gatos, mas o rostinhos feliz delas valeu cada gota de sangue que eu perdi, cada lágrima que eu derrubei, cada grito no escuro que eu dei. Parabéns meninas, vocês mereceram e nunca vão saber o bem que me fizeram.
OBRIGADO
por Beth Fallahi


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